quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Oração do Cão


Pai Nosso que estais no céu, sempre ampare o meu mestre amado.
Para que a sua presença seja sempre o meu refúgio,
quando sentir medo e solidão.
Que a Tua luz Senhor, seja a força para a calma do seu coração,
Não zangando-se comigo, na minha grande empolgação, quando o vejo retornar.
Não permitas que o alimento que sempre me serve, o carinho e o amor
que me faz sentir tão feliz, ele venha por algum motivo a esquecer.
Perdoe às vezes as suas impaciências, assim como eu o perdôo,
lambendo-lhe suas mãos.
E fazes Senhor, que a voz do meu mestre, seja sempre um hino de acalento,
Me fazendo descansar profundo, quando deitado aos seus pés.
E se a idade avançada retirar dos meus olhos a luz do dia,
ou os meus membros ficarem difíceis nas caminhadas,
Não deixes que meu mestre querido me desampare.
Dai a ele a paciência e o carinho que sempre me foram dedicados.
Para que eu possa levar no meu sono eterno, os agradecimentos,
E as saudades da grande felicidade de ser junto com ele, tão feliz.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Frases que adotei

Agora direi algumas frases que adotei como favoritas. Algumas peguei da internet, outras de livros e umas do meu tumblr(http://livesomewhereaway.tumblr.com/).

Pensamos com base no que percebemos ou pensamos negando o que percebemos? - Sócrates

You know you’ve read a good book when you turn the last page and feel as if you have lost a friend.

Os sonhadores constroem o mundo. Os outros o copiam.

Lembre-se: A borracha é capaz de apagar a história, mas ainda deixará marcas.

Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos - sou eu que escrevo o que estou escrevendo - Clarisse Lispector

Não importa por quanto tempo as máscaras sejam usadas, elas sempre acabam caindo.

A ironia é uma forma de atingir os otários discretamente.

O maior problema de virar a página, é querer voltar e ler outra vez.

Pra que ser normal ? Uma pessoa normal não irá marcar a vida de ninguém.

Ensinam pra gente que a verdade é boa, aí quando você diz a verdade todo mundo se ofende - Alex Russo

A verdade dói, mas não mata. A mentira agrada, mas não cura.

O silêncio responde até mesmo aquilo que não foi perguntado - Caio Fernando Abreu

A vida é como o papel: Alguns querem simplesmente amassar e jogar fora, e já outros fazem de tudo para poder reciclar. 

Livros não são feitos apenas de páginas e palavras. São feitos de esperanças, sonhos e possibilidades.

Minha vida é como um livro com páginas arrancadas, capítulos repetidos, trechos rabiscados e o final em branco.

Não importa o que você diga sobre a vida. Eu aprendo com ela toda vez que respiro - Jordin Sparks

Sempre ouvimos ou lemos frases que marcam a nossa vida. Espero ter marcado a de vocês de alguma maneira. Se tiverem mais frases, escutem-nas. Sabe aquela que diz "aconselhamos, mas nunca seguimos nossos próprios conselhos"? Bom, eu tento ao máximo seguir os meu. Sigam também. Dou o maior apoio.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Capítulo 8

Capítulo 8

O passado de Jaffna

- O rei se chamava Geraldton – “Os nomes estranhos de Muiraquitã” o filme – Ele e rainha eram muito ligados e unidos em tudo o que faziam. Viviam juntos e diziam que se amavam o tempo todo. – sentamos no chão para não ficar tão cansativo – Um dia, o rei disse que estava com dor de cabeça e queria ir para o quarto. Ah! Esqueci de dizer que eles moravam em outro palácio: o Palácio de Safira.
- Todos os palácios são feitos com pedras preciosas? – perguntei.
- Sim. Então, o rei foi para o quarto, mas esqueceu de trancar a porta. A rainha queria fazer companhia a ele e o seguiu.
- Jaffna já era conhecido?
- Já! E como! Assim que a rainha abriu a porta viu que o rei...não era mais o mesmo. Ele era o Jaffna e estava começando a transformação. Ela conseguiu manter a calma e trancou a porta cautelosamente. Pediu para todos os criados fecharem as outras portas e para dois ogros ficarem de guarda na porta. A rainha fugiu com alguns de seus criados para um lugar mais seguro: o Palácio de Cristal que já havia sido habitado por antigas gerações da realeza. Ela ordenou que os dois ogros tentassem matar Jaffna. Mas ele já tinha percebido a agitação do lugar, geralmente calmo, e fugido.
- Esses dois ogros são os mesmos que estão na entrada do Palácio de Cristal?
- São. Eles voltaram pedindo para a rainha não matá-los. Mas ela nunca os mataria. Eles já protegeram o Palácio diversas vezes.
- É por isso que a rainha nunca conseguiu matar Jaffna? Ela ainda vê o rei dentro dele, né?
- Exatamente.
- Tenho outra pergunta. Jaffna já veio à Terra me procurar?
- Dizem que sim. Não tenho certeza. É por isso que você nunca pode retirar o relógio.
Uma pergunta estava querendo sair, mas eu ia deixar para o final. Em vez dela, perguntei:
- Como é a rainha?
- Ela tem os cabelos longos e são da cor...é uma cor diferente de todas. Se eu te dizer que às vezes o cabelo dela muda de cor você não acreditaria.
- Uau. Que cores?
- Lilás, bege, castanho e preto.
- LILÁS? BEGE?
- A cor muda de acordo com as fases da Lua. Lua nova: preto; Lua cheia: bege; Lua minguante: lilás; Lua crescente: castanho.
- Que legal! E ao mesmo tempo, que inveja. Eu queria ter o cabelo assim! Ele é liso, ondulado ou cacheado?
- Cacheado.Os cachos são perfeitos e muito bonitos. Os olhos dela também mudam, de acordo com os cabelos.
- Nossa. Ela é alta?
- Deve ter 1,80.
- É alta. Existem outras terras, além de Torru e Dakwa?
- Claro! Existem quatro.
- Deixa eu adivinhar, cada terra tem um clima diferente.
- Como você sabia?
- Um pequeno lêmure me contou.
- Torru é inverno, Dakwa é primavera, Hable é outono e Itgui é verão.
Cara, eu queria morar em Muiraquitã.
- O livro sagrado, o que ele faz? – perguntei.
- O livro sabe tudo o que aconteceu, está acontecendo e o que acontecerá. Ele sabe de você, de mim, até da rainha.
- Algo tipo o “oráculo”?
- Nunca pensei dessa maneira, mas pode-se dizer que sim.
- Ele pode responder perguntas?
Ela riu e depois disse:
- Pode, mas não como eu estou respondendo para você. Ele responde com enigmas.
- Exemplo?
- Você pergunta: o que eu vou fazer amanhã? Ele responde: Amanhã você terá uma surpresa. Você se sentirá muito triste quando a luz da noite surgir. Algo desse tipo.
- Sinistro. Eu tenho uma função em Muiraquitã?
- Que você tem, todos sabemos. O problema é que ninguém sabe qual.
- Assim que você souber qual é, você me fala?
- Será a primeira a saber.
Eu não sabia se perguntava sobre Logan. Sarah deve ter percebido minha cara por que perguntou:
- Você sabe que pode me perguntar e contar o que quiser.
- Olha, eu tive um sonho.
Contei para ela todo o meu sonho. Ela me pareceu bem surpresa. Apenas escutava com atenção e não me interrompeu em nenhum momento.
- Nunca pensei que Logan não tivesse alma. Tem certeza de tudo isso?
- Tenho. A garota...tem ideia de quem pode ser?
- Talvez seja Chernye.
- Quem é Chernye?
-A filha do Jaffna.
Isso responde a mais uma pergunta minha. Jaffna tem parentes.
- Quem é a mãe dela?
- Nunca consegui descobrir ao certo, mas tenho quase toda certeza de que é a rainha Nyala.
- Acha que foi na época em que eles estavam juntos?
- Acho.
- E Logan?
- Me lembro de um dia, quando Logan tinha onze anos e eu treze. Estávamos longe do castelo. Eu saí do Palácio antes dele, de modo que quando ele veio até onde eu estava, vinha de outra direção, não do Palácio. Ele estava bem angustiado. Perguntei se tinha acontecido alguma coisa e se poderia ajudar e ele disse que não se sentia bem. Ele estava pálido e tonto. Voltamos para o Palácio e levei-o à enfermaria e ele ficou dormindo lá durante dois dias. No dia que acordou, estava melhor, mas demorou para se recuperar por completo.
- Ele sabe que eu sei. Ele disse meu nome no sonho. Será que ele ficará bravo ou chateado?
- Provavelmente ficará feliz por poder compartilhar isso com alguém.
- Eu e você. – enfatizei o “e”.
- Tanto faz. Vou fingir que não sei.
Olhei para o relógio e eram quase quatro da manhã. Falei para Sarah que ia dormir(contando carneirinhos). Nos despedimos, ela desapareceu em uma névoa branca e eu fui para a cama. Como sempre, demorei para dormir.
Esqueci de perguntar para ela duas coisas muito importantes.
Primeira: Como ela conheceu Logan? De onde ele veio? Como ele vem agido ultimamente?
Segunda: De quem Sarah é filha? Ela é filha dos meus pais? Se é, por que eles nunca falaram dela?
Acabou que as duas perguntas viraram seis, mas tudo bem.
Não sei se conseguirei viver com isso para sempre. Sempre tem outra pergunta que não larga do meu pé! Sempre tem um mistério!
Os Muis, Jaffna, Logan sem alma, o Livro Sagrado, meu Dom Mágico, meu poder de controlar o tempo, tudo isso está me deixando MALUCA!
Além do fato do treinador que não existe.
Layla nem deve saber de tudo isso.
Nem SARAH sabe de tudo!
E o que diabos aquele tigre branco e a coruja (também branca) significavam?
EU TO DOIDAAA!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nunca se está sozinho

A solidão é algo que muitas pessoas  odeiam. Talvez não seja o fato de estarem sozinhas, mas de outras pessoas criticarem.
A maioria das pessoas acha que só se é feliz com um(a) namorado(a), o que não é verdade. Outras dizem que quando estão em um compromisso, são infelizes.
Quando se tem um amigo, mesmo sendo um só que você ame muito, não importa onde, jamais sofrerá de solidão. As pessoas nascem e morrem sozinhas, disso não se pode fugir. A felicidade se encontra em nós mesmo e somos responsáveis por ela.
Se você quer ser feliz com alguém, procure bem; se quer ser feliz só, não chore que é melhor.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Capítulo 7

Cápitulo 7

  Um sonho estranho

Meus sonhos sempre são estranhos(já sonhei que o mar era em cima e o céu embaixo, letras eram números e eu era uma formiga. São alguns dos mais esquisitos que me lembro) mas esse foi o mais...bizarro.
Eu estava em um lugar escuro que parecia ser uma sala. Consegui ver uma mesa com seis cadeiras. Era tudo de cristal. Havia um espelho e uma mesinha pequena abaixo dele. Na mesinha de cristal, havia uma frasco(também de cristal) que tinha um líquido da cor de sangue dentro. Parecia...veneno.
A porta se abriu e uma menina entrou junto com uma garoto que parecia ter a minha idade.
A menina tinha o cabelo castanho avermelhado, olhos pretos e parecia ter 15 ou 16 anos. Usava um vestido longo que era vinho e preto e um salto fino de 5cm. Ela também tinha sardas em pequena quantidade.
O garoto tinha cabelos castanho escuro, olhos verdes e usava uma camiseta verde(que parecia um pijama) com bermuda verde clara. Parecia muito com Logan.
- Está ali. – disse o garoto.
- Muito bem. Ele vai gostar. Antes ele quer que você ponha um pouco na bebida da rainha. – disse a garota. Ela parecia ser má.
- Mas irá matá-la! – gritou o garoto que tinha a voz bem parecida com a de
Logan.
- Essa é a ideia.
- Não vou fazer isso.
- Ele ainda possui sua alma. – a garota dizia “ele” como se fosse superior a ela.
- Vão suspeitar de mim. – o garoto parecia submisso a ela. Também...a garota disse que o “ele” estava com a alma do garoto.
- Não se você for discreto.
O garoto parecia estar com medo e deu dois passos para trás. Ele ficou a um metro de mim. Deu pra sentir o seu perfume, o qual era muito bom.
Então me toquei. Eu estava em alguma das muitas salas do Palácio de Cristal. Aquele frasco era mesmo veneno e era para a rainha Nyala.O garoto era Logan e o “ele” era...Jaffna. Não faço a mínima ideia de quem era a garota.
Espera...Logan não tem alma?
AH. MEU. DEUS.
Jaffna está com a alme de Logan. Layla não me disse essa parte. Talvez ela nõa saiba. Talvez ninguém saiba.
- Se eu colocar na bebida – disse Logan – vocês me deixaram em paz?
A garota pensou e enquanto pensava se aproximou mais de Logan. Eu queria empurrá-la. Ah como eu queria!
- Talvez ele te deixe. Mas sua alma? Ele ainda precisará dela.
- Saia de perto dele! – incrivelmente eu consegui dizer algo. Geralmente, em sonhos as pessoas não conseguem dizer nada e me surpreendi quando fiz isso. A garota se afastou de Logan e começou a olhar para cima como se quisesse achar quem falou isso.
- Seja lá quem você for, não conseguirá salvá-lo! – ela piscou para Logan e sumiu.
Logan olhou para trás. Por um momento achei que ele podia me ver e percebeu de onde vinha minha voz.
- A única pessoa que poderia estar aqui seria você, - ele fez uma pausa – Samantha.



Eu acordei logo depois dele dizer meu nome. Olhei para o relógio e só tinha se passado meia hora. Alexis, Sky e Layla estavam dormindo.
Não consegui dormir nem contando carneirinhos (acredite...eu tentei). Decidi ir para a varanda do meu quarto. Ela é bem pequena, mas dá prá ficar lá e pensar.
Pensei em tudo o que sonhei.
Logan não ter uma alma e a mesma estar com Jaffna.
A menina parecer alguém, mas eu não saber quem.
E tudo o que estava acontecendo.
Tudo isso era estranho. Antes dos meninos chegarem aqui, vou perguntar umas coisinhas para Layla.
Existe um rei? Se existe, qual é o nome dele?
Qual é o passado do Jaffna? Ele já veio à Terra me procurar? Ele tem parentes?
Como é a rainha?
Qual é o passado do Logan?
Existem outras terras, além de Torru e Dakwa?
O que o livro sagrado faz?
Eu tenho alguma função aqui?
Essas são apenas algumas das perguntas que flutuavam na minha cabeça. Eu queria acordar a Layla para ela respondê-las, mas ela estava cansada e resolvi deixá-la dormindo.
Peguei um banquinho branco que fica no meu quarto, papel e caneta e comecei a desenhar uma cena. Sou boa em desenhos e já fiz curso. Desenhei em tigre branco embaixo de uma árvore. Na árvore, estava uma coruja branca. Não sei o que me inspirou nem o motivo. Só sei que antes de desenhar eu tinha sentido uma leve brisa. A brisa veio depois de eu terminar o desenho também e quase o levou embora. Percebi que não era exatamente uma brisa. Eram letras. As letras eram: STLV. Não faço a mínima ideia do que seja isso. Nem o significado do meu desenho.
Já faziam dois dias que  Layla falou comigo pela primeira vez, ou seja, daqui a três dias, Alexis também faria treze anos e seis meses(ela fazia aniversário cinco dias após o meu, por isso quase sempre fazíamos uma festa juntas).
Estou com a sensação de que Sky também é um...muiraquitãniano. Sei que pode ser maluquice minha mas...
Alexis me disse a poucas semanas atrás que tinha visto uma mancha parecida com um “M” na pata dianteira esquerda dele. O mesmo local onde Layla possuia o seu Mui.



- A noite está bonita, não está?
Não sei como não gritei com o susto que minha irmã me deu.
Sarah apareceu ao meu lado de repente. Ela estava usando uma camiseta regata azul e uma bermuda jeans.
- Oi pra você também. – falei.
- Você parece pensativa. O que foi? – perguntou Sarah.
Mostrei para ela o meu desenho e perguntei o que ele significava.
- Faz tempo que não vejo um desse. – disse ela – Isso é raro, sabia?
- Como assim e o que é isso?
- Isso é um tipo de dom que chamamos de DM. Significa “dom mágico”. Sempre, ou pelo menos quase sempre, você irá fazer um desse. Com ele você irá se conectar com qualquer outro mundo.
- Nossa. Posso entrar nele?
- Caso seu treinador te ensine.
Lá vem o treinador de novo.
EU NÃO TENHO TREINADOR CARAMBA!
- E se o meu treinador não existir?
- Talvez ele esteja mais perto do que imagina.
AAAAAAH!
- Sarah, você sabe o que significa STLV?
- Sim.
Então diz!
- O quê?
- “Seu treinador logo virá”.
Agora o treinador vai vim. Viva!
- Essas não são suas únicas perguntas, estou certa? – perguntou ela.
- Duas em especial. A primeira: Como você veio para a Terra?
- Lembra que eu te disse ter nascido na Terra? Sou que nem você. Posso ir a todos os mundos.
- Segunda: Existe um rei?
Ela pareceu surpresa com a pergunta e olhou para as estrelas.
- Existia. – não sei se era a luz da lua na sua sombra prata que cintilava ou se ela estava quase chorando.
- Me desculpe. Não queria ser indelicada.
- Não se preocupe comigo. – ela fungou e voltou a olhar para mim – Você merece saber.
Ela reveleu basicamente todas as minhas dúvidas após esse grande discurso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Capítulo 6

Capítulo 6

  A volta deu problemas

Layla voltou com os hamsters e Alexis. Logan veio atrás porque ficou conversando com elas e perguntou:
- Vocês já vão?
- Sim, mas voltaremos assim que possível. – falei.
- Estaremos esperando.
- Estaremos ou você estará? – disse Sunshine. Não sou de ficar vermelha, mas tenho certeza que fiquei.
- Fica quieto, Sunshine! – mandou Petunia.
Peguei Petunia e Sunshine no colo e os apertei. Eles gostaram. Dei um tchau para o Logan e abracei Sarah de novo. Alexis falou tchau para todos e fomos embora.
Ou...achamos que fomos.



Tudo ficou branco de novo. Achei que estava voltando ao meu quarto. Mas, vi uma árvore. Olhei para Layla e disse:
- Ainda estamos em Muiraquitã.
- Ah, não! O que será que aconteceu? – falou Layla.
- Olhem! Aquele parece o Wadi. Wadi! – gritou Alexis.
Wadi olhou para trás e nos viu. Parecia ter chorado a apenas alguns minutos.
- Wadi! – disse Alexis e assim que viu a cara dele continuou – Você está bem?
- Não se preocupem comigo. Vocês se perderam? – perguntou ele enxugando os olhos.
- Mais ou menos. – respondeu Layla – Era para estarmos em casa, mas viemos parar aqui. Elas estão aqui a muito tempo e devem...Sam, olhe no seu relógio o que vocês estão fazendo na Terra e me diga que horas são.
- Estamos dormindo de boca aberta e são quase meia-noite. – falei. Um minuto depois meu relógio começou a brilhar desesperadamente. – Layla, se o relógio brilha é o que mesmo?
Wadi pareceu ter dado um sorriso maligno e eu percebi. Jaffna.
- CORRAM! – gritou Layla.
Eu segurei a Layla nos pelos da cabeça e a mão da Alexis e pensei “Pause!Pause!”.
Tudo ficou parado menos eu, Layla e Alexis. Vimos o começo da transformação de Jaffna.Ele estava parado, mas dava pra ver somente um olhar do male as garras grandes nos pés e nas mãos.
- Ele estava começando a se transformar. – disse Layla – Viram? Não confiem em ninguém! Vamos sair daqui. Sam, só aperte play quando estivermos na Terra.
Layla disse umas palavrinhas japonesas ou indígenas e fomos para o meu quarto.



Assim que chegamos(estávamos dormindo de acordo com o meu relógio) acordamos. O primeiro problema apareceu na nossa porta.
- Olá, meninas. – disse Rick – Layla acordou. Ela estava bem ofegante. Sabem de algo que eu não sei?
Alexis parecia mais assustada do que eu, mas falou:
- Nós estávamos dormindo. Acordamos com a luz que você acendeu. – ela deu uma enfatizado no “você”.
- Mil perdões, madame. – ironizou Rick – De verdade...o que vocês estavam fazendo?
Oh-oh. Nada bom. Tente inventar uma desculpa, mas Alexis foi mais rápida.
- A gente estava brincando com ela.
- Como? Ela estava no meu quarto, dormindo! – irmão chato.
Olhei para Alexis.
- Rick, por favor...me deixa sozinha com a Alexis. Só quero falar uma coisinha com ela. Ah! E a Layla também. – insisti.
- Tá. – ele olhou para cima, mas acabou cedendo.



Fechei minha porta e Layla disse:
- Sei o que está pensando. Você quer contar tudo para ele. Mas não pode! Ele contará para outras pessoas!
- Talvez não. Eu confio nele! Ele é meu irmão e nunca escondeu nada de mim! Nem eu! Ele sempre descobria mesmo. Enfim, sempre que me meto em confusão ele me tira! Por favor! Se eu pedir para ele não contar pra ninguém, ele não contará! – após meu discurso Layla cedeu 50%.
- Tudo bem! – disse Layla – Mas, se ele não acreditar a culpa não será minha!
- Sam...não me entenda mal. Ele não te deixa ir na esquina sozinha! Quem dirá em outro mundo, onde nem sabemos os perigos. – alertou Alexis. No fundo, ela estava certa.
- Vai ser até bom! Assim ele poderá nos proteger! Alexis, por favor! Me ajude!
- Ok. Mas...tenho uma condição. – lá vem! – Layla tem que deixar você contar para o Mike, Jason e Andrew.
- Aí já está pedindo muito! – reclamou Layla. Ela pareceu ter dado um suspiro e depois continuou – Olha, você pode até contar, mas não hoje. Chame todos amanhã e já conte pra eles.
Uhu! Samantha 1X0 Layla. E Samantha domina o jogo!
Abri a porta e disse para Rick:
- Ligue para os meninos amanhã de manhã e diga para eles virem aqui. Aí eu já conto para todos. Boa-noite. – dei um beijo na bocheche dele, chamei Layla e Alexis e voltamos ao meu quarto.
O segundo problema bateu a porta.
- O que ele está fazendo aqui? – perguntei. Era Sky, o American Cocker Spaniel da Alexis.
- Eu ensinei o caminho da sua casa pra ele e você me ajudou, lembra? – falou Alexis. É...me lembrei que a porta da sala estava aberta – Vamos dormir agora.
Sky se alinhou nos pés da Alexis e fomos todos dormir.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Estava ocupada

Hello! Demorei um pouco para postar o outro capítulo, mas é que eu estava bem ocupada com provas, minha cachorra e também fui na praia! Fazer o quê? Nada...foi só pra ver a chuva e ficar na areia escrevendo meu outro livro. Pena que não escrevi muito...começou a chover e eu tive que voltar correndo para não molhar o caderno. Enfim, no topo da página do blog está escrito "Nesse blog vou postar coisas sobre...bom, será sobre várias coisas". Eu só escrevo meu livro aqui, mas é que eu não tenho tantos seguidores(na verdade, acho que só a Clara e a Mila devem ler isso). Então vou escrever somente o meu livro = D Se quiserem outras coisas sobre animais ou resenhas de livros entrem nesse site(Clara e Mila, sei que vocês já têm) e peçam alguma coisa que ficarei feliz em escrever!http://www.skoob.com.br/usuario/163535

Capítulo 5

Capítulo 5

  O Palácio de Cristal

Passamos por uma floresta congelada(que me fez lembrar mais ainda Nárnia) e eu perguntei:
- Essa rainha é do bem?
- Claro! As antigas gerações dela, já tentaram matar Jaffna de todos as maneiras. E ela também. Mas ele escapa de tudo. Já tentaram expulsá-lo daqui, mas ele volta. Sempre volta e destrói algo ou mata alguém. – Wadi parecia prestes a chorar.
- Ele já fez alguma coisa pra você? – Alexis perguntou.
- Esqueçam ele. – disse Wadi – Caso vejam um brilho no horizonte, deve ser o Palácio de Cristal da rainha.
- PALÁCIO DE CRISTAL?! – Alexis e eu dissemos juntas com um breve gritinho no final.



- Estou vendo! Estou vendo! – Alexis parecia uma...uma...uma coisa pulante.
- Calma! – falei – Alexis, estou com um mal pressentimeto. E se a Layla estiver aqui? Ela vai brigar tanto comigo por ter vindo aqui.
- Você não faz ideia de como é estranho você dizer que a sua cachorra vai brigar com você. – ela disse. E eu fazia ideia sim.
- Tá, mas...mesmo isso sendo estranho, não quero desobedecê-la. Não sabemos os perigos daqui. Não sabemos como SAIR daqui!
- É...você tem razão. – ela parecia desconfiada – Sam, e se o lêmure com nome estranho for do mal? Ou pior, e se ele for o tal de Jaffna?
- Seja lá quem ele for, o palácio é maior do que pensei!
Chegamos na frente de uma porta de pelo menos sete metros de altura! Ela era de um tipo de vidro, mas daqueles que não se vê do outro lado. Minha irmã sabia como impressionar os convidados. Havia dois guardas nas laterais da porta. Pareciam ogros ou trolls, sei lá. O maior deles disse:
- Quem ousa vir até o palácio da rainha Nyala?
- Não digam nada. – Wadi sussurrou para nós – Eu sou Wadi Halfa e estas são Samantha Harrie e Alexis Cocker. O nome de uma delas não te lembra nada?
- Ah meu Deus! É ela! Mil perdões! Entre por favor. – disse o menor e abriu a porta.
Aquilo nem se comparava a melhor festa de quinze ou desseseis anos no nosso mundo. Por fora era de um cristal duro e resistente (sim, eu toquei). Por dentro era tudo de várias cores e com vários criados andando de um lado para o outro. Mas todos pareciam felizes. Conversavam enquanto andavam e não era como naqueles filmes, os quais os criados são tristes, revoltados e mal-tratados.
Wadi foi na frente e disse:
- Esperem aqui.
Ele foi falar com um garoto (muito bonito por sinal). Quando voltou, o garoto veio junto.
- Este é Logan Spok. Ele é um dos conselheiros da rainha. O outro é Daniel Dovel. – disse Wadi.
Logan tinha olhos verdes e cabelos lisos e curtos da cor castanho escuro, quase preto.
- Boa noite, senhoritas. Sejam bem-vindas ao palácio de Muiraquitã. Vou levá-las à princesa Sarah. Sigam-me. – disse Logan.
Ele parecia ser simpático.
- Ele é bonitinho. – Alexis disse.
- Mas não é do nosso mundo. – falei.
- E daí?
- Caso as senhoritas queiram alguma coisa é só chamar a Liana. Ela é a serva da rainha e será a vossa. – disse Logan.
- Olha, não precisa falar formal com a gente. Tá começando a me irritar. – pediu Alexis.
- Vocês não fazem ideia de como é difícil falar assim o tempo todo, sem falar que é chato. Já ouvi falar de você, Samantha. Você é uma lenda aqui, sabia? É uma honra tê-la conhecido.
Ele, além de bonito, era fofo!
- Nossa, muito obrigada.
- De nada.
Alexis me olhou com o famoso olhar “Vocês são o casal perfeito!”. Várias vezes já me lançou esse olhar.
- Chegamos. – disse Logan.
Antes de entrarmos puxei Alexis e perguntei:
- Espera! Cadê o Wadi?
- Seu amigo está falando com a rainha. Somos do bem, esqueceu? – disse Logan.
Uma pessoa do bem nunca fala “Ei! Eu sou do bem!”. Será que ele era o Jaffna? Comecei a suspeitar dele.
Assim que entramos no quarto todo rosa e roxo da minha irmã (ótimo, minha irmã é patricinha), ouvimos:
- Muito obrigada, Petunia.
- De nada. Acha que combina com os sapatos?
- Sim. Cadê o Sun?
- Estou aqui! – falou uma vozinha bem aguda.
Logan bateu e entrou.
- Princesa, ela está aqui. – ele disse.
- Oh! – ouvi passinhos vindo na minha direção. Olhei para baixo e vi dois hamsters. Um era todo roxo e tinha um lacinho. O outro era da cor bege bem clarinho e branco na barriga. Muito fofinhos! O roxinho disse:
- Sarah, vem logo!
- Vem, Layla! – ouvi uma voz suave.
LAYLA?! AH, NÃO!
- Alexis! É a Layla!
- Oh-oh.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou Layla.
- Calma, Layla. Ela só é curiosa...assim como eu. – disse a princesa que vestia um vestido azul claro com umas listras na altura do joelho.
- Com licença. – Logan disse e depois foi embora.
Ai! O que eu menos queria que acontecesse...aconteceu! Layla parecia aqueles cães raivosos. Nunca vou esquecer aquela baba saindo do cantinho da boca dela. Ui! De repente, ouvi risadinhas vindas do meu relógio (do meu relógio!). Olhei e vi uma imagem na telinha principal como se fosse uma TV de uma polegada.
Era eu e Alexis em cima da minha cama, rindo de alguma coisa.
- Layla, o que é isso? – perguntei.
- É o que vocês estão fazendo no seu mundo. – ela respondeu. Aparentemente, tentando se acalmar do susto que eu dei nela ao aparecer ali.
- Oi! – falou uma vozinha bem fininha.
- Quando vocês estão em Muiraquitã, no seu mundo vocês continuam fazendo o que iriam fazer. É como se o tempo não parasse para vocês.
- Bizarro. – murmurou Alexis.
- Oi! – a vozinha fininha de novo. Olhei para baixo e vi o hamster bege puxando minha calça.
- Olá. – respondi. – Qual é o seu nome?
- Eu sou Sunshine e está é a Petunia. – disse ele e Petunia me deu um sorriso.
- Olá. – disse Petunia se aproximando do meu pé. Eles deviam medir de quinze a vinte centímetros quando ficavam de pé. – Sarah estava doida pra te conhecer pessoalmente.
- É. – disse Sarah – Será que eu posso conversar com a Samantha a sós?
- Claro. Vamos hamsters. Vem, Alexis. – Layla os chamou e foi embora.
Sarah fechou a porta depois que eles saíram. Ela começou a me olhar e disse:
- Sempre achei que você seria parecida comigo.
- Você disse que eu era curiosa como você...o que você quis dizer? – perguntei.
- Eu não sou uma muiraquitãniana. Quer dizer, não oficialmente. Morei na Terra durante um tempo. Para ser exata, por um ano e seis meses. A cachorra da família me trouxe aqui porque achavam que eu era...especial demais para esperar até eu ter 13 anos e seis meses. Eles só explicaram minha função depois.
- Que função?
- Sou a princesa. – jura? Não me diga! – Meu dever é guardar o livro sagrado.
Existe um livro?
- Todos o chamam de Opitex.
Que nome horrível! Não tinha um melhor? Nina? Bob? Ou até "livreto"? Parece nome de remédio!
- O que tem nesse livro? E por que você precisa guardá-lo? – perguntei. Já não bastava minha cadela ser cheia de surpresas, minha irmã também era.
- O livro sabe do passado, presente, futuro, guarda feitiços, poderes e segredos que a maioria dos seres daqui não conhecem.
- Existem magos ou feiticeiros aqui?
- Só alguns.
- E esses segredos? Você os conhece?
- Apenas um. Ele é passado de geração em geração. Você irá saber um dia.
Não sei o que ela quis dizer.
- Eu posso vê-lo? Um dia?
- No dia certo.
Que saco!
- Está com fome? – perguntou Sarah.
- Um pouco, mas acho melhor ir pra casa. Vou chamar a Alexis. Foi ótimo te conhecer.
- Igualmente. Vá com cuidado.
E nos abraçamos.
Gostei dela. Ter uma irmã deve ser legal. É bom ter alguém da família a quem contar os segredos. Alguém que te entenda. Não um irmão que quando você fala que está naqueles dias ele fala “Mãe, posso sair durante um semana? Não sei quanto tempo esse nervosismo vai durar!”. É triste.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Capítulo 4

Capítulo 4

  Muiraquitã

Parecia que eu estava dentro de um iglu bem branquinho.
- Sam! SAM! – ouvi a voz de Alexis.
- Me dá a sua mão! – falei e segurei a mão dela.
Não sei o que Alexis viu, eu vi uma luz amarela. Não sabia se era o Sol ou um tipo de lanterna.
Os objetos, árvores, animais, tudo começou a ganhar forma e cor. Ouvi a voz da Layla:
- Temos que sair daqui!
- Mas acabamos de chegar! – exclamei.
- E temos que sair! Estamos no meio de um incêndio! – disse Layla.
- Isso é comum aqui? – perguntei.
- Não! Deve ser o Jaffna.
- Como saímos daqui? – gritou Alexis.
Eu olhei para o relógio e vi um botão de “pausa” e o apertei.
Layla estava com a boca pronta para falar algo, mas congelou. Alexis estava com os olhos arregalados e parecia pronta para sair correndo.
Eu realmente tinha parado o tempo? Apenas apertando o botão do meu relógio? Me lembro de perguntar para Layla se eu podia controlar o tempo de outros mundos. Ela disse que sim, mas só quando eu controlasse-o no meu mundo.
Foi mais fácil do que pensei.
Olhei para Alexis e Layla, apertei o botão “play”, Layla retomou a consciência e nos levou para casa.
- Como fizerem isso? – perguntou Alexis.
- Eu apertei o botão “pausa” e vocês congelaram. – expliquei – Depois fiquei olhando pra vocês congeladas e aí apertei o botão “play” e Layla nos trouxe.
- Apenas tocando o relógio? A Layla não disse que você só controlaria outros mundos após controlar esse?
- Foi o que eu pensei também.
- Sam, eu tenho que perguntar algo para uma pessoa em Muiraquitã. Eu volto já. – disse Layla.
- O que ela disse? – perguntou Alexis.
- Ela vai para Muiraquitã perguntar algo a alguém. – respondi enquanto Layla sumia.
- Nossa ida até lá foi tão rápida. Eu ia até pedir pra você tirar uma foto munha lá. – ironizou Alexis.
- Pois é. – disse eu, rindo. – Que horas são?
- Sete e vinte.
- SETE E VINTE!? – exclamamos juntos.
- Já era pra eu estar em casa! – disse Alexis – Minha mãe vai me matar!
- Meus pais já devem estar aqui! Era pra eu ter passeado com a Layla! Ah...esquece. Ela se vira sozinha. – falei – Vem comigo. Se meus pais já estiverem aqui, pergunto se você pode dormir aqui e você liga pra sua mãe. Minhas roupas devem caber em você.
Fomos na sala e eu vi meus pais no sofá. Olhei para a mamãe e perguntei:
- Mãe, a mãe da Alexis ligou?
- Ligou, filha. Se esqueceu foi? Você até perguntou pra ela se a Alexis podia dormir aqui. Comprei seu biscoito. Tá no armário de cima. – disse minha mãe.
- Obrigada. A gente vai ficar no meu quarto se você quiser alguma coisa. – falei.
Ela me olhou com uma cara de “o que eu iria querer?”. Indo para o meu quarto, Alexis perguntou:
- Nós ficamos cinco minutos lá em Muiraquitã. Quanto tempo se passou aqui?
Olhei para o relógio do meu quarto e disse:
- Exatamente cinco minutos.
- Isso tá parecendo Nárnia. – disse Alexis. – Com algumas exceções. Em Nárnia, cinco minutos é um dia. Será que já se passou um dia e não percebemos?!
- Voltando a realidade, por favor. À noite, enquanto todos estiverem dormindo, você quer ir lá?
- Pode ser, mas e se entrarmos no incêndio de novo?
- Não vamos.
- Vamos pra onde? – Rick apareceu na porta do meu quarto. Alexis e eu tomamos um baita susto.
- Sair amanhã de manhã. Já que é sábado e não temos escola. Mas, a Sam disse que queria dormir até tarde. – Alexis salvou o dia!
- Tá. Boa-noite, então. – disse Rick.
- Já vai dormir? – perguntei porque Rick não é um cara que dorme cedo de jeito nenhum!
- Não. Eu vou ficar no meu quarto e depois vou dormir. Acho que vou ler um pouco. – ler? Sei. Essa é uma desculpa que ele dá para ficar no computador até ter  sono, ou seja, umas quatro da manhã.
Assim que ele saiu, Alexis sussurrou:
- Acha que ele acreditou?
- Talvez. Mesmo assim, vamos falar baixo. São sete e trinta e cinco. Podemos conversar um pouco e nove horas nós vamos para Muiraquitã.
- Beleza. – respondeu Alexis.
Conversamos sobre a escola, sobre as provas, garotos e família. Olhamos para o relógio e vimos que era nove horas em ponto. Alexis disse:
- Quando você quiser.
Fui na porta do meu quarto e vi que todos já estavam dormindo, até a Layla. Ela deve ter voltado enquanto conversávamos.
- Soren. Samantha Harrie e Alexis Cocker. Me dá a sua mão! – gritei no final.
E tudo ficou branquinho de novo.



O problema foi que tudo estava branquinho demais.
- Sam, parece que estamos no Alaska. – disse Alexis.
- Ou talvez seja inverno. – falei.
- O clima mudou em menos de duas horas? – ironizou Alexis.
- Cada canto de Muiraquitã tem um clima diferente. E vocês são?
Alexis soltou um gritinho agudo demais pro meu gosto. Na nossa frente estava um tipo de macaco falante. Ele era marrom, branco e preto, parecia um lêmure adulto com aquela cauda grande e peluda.
- Eu sou Samantha Harrie e esta é minha amiga, Alexis Cocker. Quem é você?
- Meu nome é Wadi Halfa. Sou um lêmure adulto legítimo muiraquitãniano. Minha família mora nas terras do Sul, Dakwa, onde é quente e úmido. Minha esposa se chama Kowell Halfa.
Não precisava desse discurso todo. Só perguntei quem ele era! O nome já bastava. Eu lá queria saber o nome da esposa do lêmure falante?
- Essas são as terras do Norte? – Alexis perguntou. Como ela o entendia?
- Você o entende? – sussurrei para ela.
- Por incrível que pareça, sim. – ela sussurrou de volta.
- Sim minha jovem, essas são as terras do Norte que chamamos de Torru. Vocês não são de Muiraquitã, são? – disse Wadi.
- Somos da Terra. Eu sou a irmã da princesa Sarah – de acordo com a minha cachorra. Não falei essa parte em voz alta. – e estamos procurando-a.
- Eu sei onde ela está. Também estou indo para lá. Vou pedir uma coisa a rainha.
- Qual é o nome da rainha? – perguntou Alexis.
- Ela se chama Nyala. – disse Wadi.
- Bom, então vamos. – chamei.
E partimos para procurar o castelo da realeza, a qual eu, provavelmente, faço parte.