sexta-feira, 24 de junho de 2011

Estava ocupada

Hello! Demorei um pouco para postar o outro capítulo, mas é que eu estava bem ocupada com provas, minha cachorra e também fui na praia! Fazer o quê? Nada...foi só pra ver a chuva e ficar na areia escrevendo meu outro livro. Pena que não escrevi muito...começou a chover e eu tive que voltar correndo para não molhar o caderno. Enfim, no topo da página do blog está escrito "Nesse blog vou postar coisas sobre...bom, será sobre várias coisas". Eu só escrevo meu livro aqui, mas é que eu não tenho tantos seguidores(na verdade, acho que só a Clara e a Mila devem ler isso). Então vou escrever somente o meu livro = D Se quiserem outras coisas sobre animais ou resenhas de livros entrem nesse site(Clara e Mila, sei que vocês já têm) e peçam alguma coisa que ficarei feliz em escrever!http://www.skoob.com.br/usuario/163535

Capítulo 5

Capítulo 5

  O Palácio de Cristal

Passamos por uma floresta congelada(que me fez lembrar mais ainda Nárnia) e eu perguntei:
- Essa rainha é do bem?
- Claro! As antigas gerações dela, já tentaram matar Jaffna de todos as maneiras. E ela também. Mas ele escapa de tudo. Já tentaram expulsá-lo daqui, mas ele volta. Sempre volta e destrói algo ou mata alguém. – Wadi parecia prestes a chorar.
- Ele já fez alguma coisa pra você? – Alexis perguntou.
- Esqueçam ele. – disse Wadi – Caso vejam um brilho no horizonte, deve ser o Palácio de Cristal da rainha.
- PALÁCIO DE CRISTAL?! – Alexis e eu dissemos juntas com um breve gritinho no final.



- Estou vendo! Estou vendo! – Alexis parecia uma...uma...uma coisa pulante.
- Calma! – falei – Alexis, estou com um mal pressentimeto. E se a Layla estiver aqui? Ela vai brigar tanto comigo por ter vindo aqui.
- Você não faz ideia de como é estranho você dizer que a sua cachorra vai brigar com você. – ela disse. E eu fazia ideia sim.
- Tá, mas...mesmo isso sendo estranho, não quero desobedecê-la. Não sabemos os perigos daqui. Não sabemos como SAIR daqui!
- É...você tem razão. – ela parecia desconfiada – Sam, e se o lêmure com nome estranho for do mal? Ou pior, e se ele for o tal de Jaffna?
- Seja lá quem ele for, o palácio é maior do que pensei!
Chegamos na frente de uma porta de pelo menos sete metros de altura! Ela era de um tipo de vidro, mas daqueles que não se vê do outro lado. Minha irmã sabia como impressionar os convidados. Havia dois guardas nas laterais da porta. Pareciam ogros ou trolls, sei lá. O maior deles disse:
- Quem ousa vir até o palácio da rainha Nyala?
- Não digam nada. – Wadi sussurrou para nós – Eu sou Wadi Halfa e estas são Samantha Harrie e Alexis Cocker. O nome de uma delas não te lembra nada?
- Ah meu Deus! É ela! Mil perdões! Entre por favor. – disse o menor e abriu a porta.
Aquilo nem se comparava a melhor festa de quinze ou desseseis anos no nosso mundo. Por fora era de um cristal duro e resistente (sim, eu toquei). Por dentro era tudo de várias cores e com vários criados andando de um lado para o outro. Mas todos pareciam felizes. Conversavam enquanto andavam e não era como naqueles filmes, os quais os criados são tristes, revoltados e mal-tratados.
Wadi foi na frente e disse:
- Esperem aqui.
Ele foi falar com um garoto (muito bonito por sinal). Quando voltou, o garoto veio junto.
- Este é Logan Spok. Ele é um dos conselheiros da rainha. O outro é Daniel Dovel. – disse Wadi.
Logan tinha olhos verdes e cabelos lisos e curtos da cor castanho escuro, quase preto.
- Boa noite, senhoritas. Sejam bem-vindas ao palácio de Muiraquitã. Vou levá-las à princesa Sarah. Sigam-me. – disse Logan.
Ele parecia ser simpático.
- Ele é bonitinho. – Alexis disse.
- Mas não é do nosso mundo. – falei.
- E daí?
- Caso as senhoritas queiram alguma coisa é só chamar a Liana. Ela é a serva da rainha e será a vossa. – disse Logan.
- Olha, não precisa falar formal com a gente. Tá começando a me irritar. – pediu Alexis.
- Vocês não fazem ideia de como é difícil falar assim o tempo todo, sem falar que é chato. Já ouvi falar de você, Samantha. Você é uma lenda aqui, sabia? É uma honra tê-la conhecido.
Ele, além de bonito, era fofo!
- Nossa, muito obrigada.
- De nada.
Alexis me olhou com o famoso olhar “Vocês são o casal perfeito!”. Várias vezes já me lançou esse olhar.
- Chegamos. – disse Logan.
Antes de entrarmos puxei Alexis e perguntei:
- Espera! Cadê o Wadi?
- Seu amigo está falando com a rainha. Somos do bem, esqueceu? – disse Logan.
Uma pessoa do bem nunca fala “Ei! Eu sou do bem!”. Será que ele era o Jaffna? Comecei a suspeitar dele.
Assim que entramos no quarto todo rosa e roxo da minha irmã (ótimo, minha irmã é patricinha), ouvimos:
- Muito obrigada, Petunia.
- De nada. Acha que combina com os sapatos?
- Sim. Cadê o Sun?
- Estou aqui! – falou uma vozinha bem aguda.
Logan bateu e entrou.
- Princesa, ela está aqui. – ele disse.
- Oh! – ouvi passinhos vindo na minha direção. Olhei para baixo e vi dois hamsters. Um era todo roxo e tinha um lacinho. O outro era da cor bege bem clarinho e branco na barriga. Muito fofinhos! O roxinho disse:
- Sarah, vem logo!
- Vem, Layla! – ouvi uma voz suave.
LAYLA?! AH, NÃO!
- Alexis! É a Layla!
- Oh-oh.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou Layla.
- Calma, Layla. Ela só é curiosa...assim como eu. – disse a princesa que vestia um vestido azul claro com umas listras na altura do joelho.
- Com licença. – Logan disse e depois foi embora.
Ai! O que eu menos queria que acontecesse...aconteceu! Layla parecia aqueles cães raivosos. Nunca vou esquecer aquela baba saindo do cantinho da boca dela. Ui! De repente, ouvi risadinhas vindas do meu relógio (do meu relógio!). Olhei e vi uma imagem na telinha principal como se fosse uma TV de uma polegada.
Era eu e Alexis em cima da minha cama, rindo de alguma coisa.
- Layla, o que é isso? – perguntei.
- É o que vocês estão fazendo no seu mundo. – ela respondeu. Aparentemente, tentando se acalmar do susto que eu dei nela ao aparecer ali.
- Oi! – falou uma vozinha bem fininha.
- Quando vocês estão em Muiraquitã, no seu mundo vocês continuam fazendo o que iriam fazer. É como se o tempo não parasse para vocês.
- Bizarro. – murmurou Alexis.
- Oi! – a vozinha fininha de novo. Olhei para baixo e vi o hamster bege puxando minha calça.
- Olá. – respondi. – Qual é o seu nome?
- Eu sou Sunshine e está é a Petunia. – disse ele e Petunia me deu um sorriso.
- Olá. – disse Petunia se aproximando do meu pé. Eles deviam medir de quinze a vinte centímetros quando ficavam de pé. – Sarah estava doida pra te conhecer pessoalmente.
- É. – disse Sarah – Será que eu posso conversar com a Samantha a sós?
- Claro. Vamos hamsters. Vem, Alexis. – Layla os chamou e foi embora.
Sarah fechou a porta depois que eles saíram. Ela começou a me olhar e disse:
- Sempre achei que você seria parecida comigo.
- Você disse que eu era curiosa como você...o que você quis dizer? – perguntei.
- Eu não sou uma muiraquitãniana. Quer dizer, não oficialmente. Morei na Terra durante um tempo. Para ser exata, por um ano e seis meses. A cachorra da família me trouxe aqui porque achavam que eu era...especial demais para esperar até eu ter 13 anos e seis meses. Eles só explicaram minha função depois.
- Que função?
- Sou a princesa. – jura? Não me diga! – Meu dever é guardar o livro sagrado.
Existe um livro?
- Todos o chamam de Opitex.
Que nome horrível! Não tinha um melhor? Nina? Bob? Ou até "livreto"? Parece nome de remédio!
- O que tem nesse livro? E por que você precisa guardá-lo? – perguntei. Já não bastava minha cadela ser cheia de surpresas, minha irmã também era.
- O livro sabe do passado, presente, futuro, guarda feitiços, poderes e segredos que a maioria dos seres daqui não conhecem.
- Existem magos ou feiticeiros aqui?
- Só alguns.
- E esses segredos? Você os conhece?
- Apenas um. Ele é passado de geração em geração. Você irá saber um dia.
Não sei o que ela quis dizer.
- Eu posso vê-lo? Um dia?
- No dia certo.
Que saco!
- Está com fome? – perguntou Sarah.
- Um pouco, mas acho melhor ir pra casa. Vou chamar a Alexis. Foi ótimo te conhecer.
- Igualmente. Vá com cuidado.
E nos abraçamos.
Gostei dela. Ter uma irmã deve ser legal. É bom ter alguém da família a quem contar os segredos. Alguém que te entenda. Não um irmão que quando você fala que está naqueles dias ele fala “Mãe, posso sair durante um semana? Não sei quanto tempo esse nervosismo vai durar!”. É triste.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Capítulo 4

Capítulo 4

  Muiraquitã

Parecia que eu estava dentro de um iglu bem branquinho.
- Sam! SAM! – ouvi a voz de Alexis.
- Me dá a sua mão! – falei e segurei a mão dela.
Não sei o que Alexis viu, eu vi uma luz amarela. Não sabia se era o Sol ou um tipo de lanterna.
Os objetos, árvores, animais, tudo começou a ganhar forma e cor. Ouvi a voz da Layla:
- Temos que sair daqui!
- Mas acabamos de chegar! – exclamei.
- E temos que sair! Estamos no meio de um incêndio! – disse Layla.
- Isso é comum aqui? – perguntei.
- Não! Deve ser o Jaffna.
- Como saímos daqui? – gritou Alexis.
Eu olhei para o relógio e vi um botão de “pausa” e o apertei.
Layla estava com a boca pronta para falar algo, mas congelou. Alexis estava com os olhos arregalados e parecia pronta para sair correndo.
Eu realmente tinha parado o tempo? Apenas apertando o botão do meu relógio? Me lembro de perguntar para Layla se eu podia controlar o tempo de outros mundos. Ela disse que sim, mas só quando eu controlasse-o no meu mundo.
Foi mais fácil do que pensei.
Olhei para Alexis e Layla, apertei o botão “play”, Layla retomou a consciência e nos levou para casa.
- Como fizerem isso? – perguntou Alexis.
- Eu apertei o botão “pausa” e vocês congelaram. – expliquei – Depois fiquei olhando pra vocês congeladas e aí apertei o botão “play” e Layla nos trouxe.
- Apenas tocando o relógio? A Layla não disse que você só controlaria outros mundos após controlar esse?
- Foi o que eu pensei também.
- Sam, eu tenho que perguntar algo para uma pessoa em Muiraquitã. Eu volto já. – disse Layla.
- O que ela disse? – perguntou Alexis.
- Ela vai para Muiraquitã perguntar algo a alguém. – respondi enquanto Layla sumia.
- Nossa ida até lá foi tão rápida. Eu ia até pedir pra você tirar uma foto munha lá. – ironizou Alexis.
- Pois é. – disse eu, rindo. – Que horas são?
- Sete e vinte.
- SETE E VINTE!? – exclamamos juntos.
- Já era pra eu estar em casa! – disse Alexis – Minha mãe vai me matar!
- Meus pais já devem estar aqui! Era pra eu ter passeado com a Layla! Ah...esquece. Ela se vira sozinha. – falei – Vem comigo. Se meus pais já estiverem aqui, pergunto se você pode dormir aqui e você liga pra sua mãe. Minhas roupas devem caber em você.
Fomos na sala e eu vi meus pais no sofá. Olhei para a mamãe e perguntei:
- Mãe, a mãe da Alexis ligou?
- Ligou, filha. Se esqueceu foi? Você até perguntou pra ela se a Alexis podia dormir aqui. Comprei seu biscoito. Tá no armário de cima. – disse minha mãe.
- Obrigada. A gente vai ficar no meu quarto se você quiser alguma coisa. – falei.
Ela me olhou com uma cara de “o que eu iria querer?”. Indo para o meu quarto, Alexis perguntou:
- Nós ficamos cinco minutos lá em Muiraquitã. Quanto tempo se passou aqui?
Olhei para o relógio do meu quarto e disse:
- Exatamente cinco minutos.
- Isso tá parecendo Nárnia. – disse Alexis. – Com algumas exceções. Em Nárnia, cinco minutos é um dia. Será que já se passou um dia e não percebemos?!
- Voltando a realidade, por favor. À noite, enquanto todos estiverem dormindo, você quer ir lá?
- Pode ser, mas e se entrarmos no incêndio de novo?
- Não vamos.
- Vamos pra onde? – Rick apareceu na porta do meu quarto. Alexis e eu tomamos um baita susto.
- Sair amanhã de manhã. Já que é sábado e não temos escola. Mas, a Sam disse que queria dormir até tarde. – Alexis salvou o dia!
- Tá. Boa-noite, então. – disse Rick.
- Já vai dormir? – perguntei porque Rick não é um cara que dorme cedo de jeito nenhum!
- Não. Eu vou ficar no meu quarto e depois vou dormir. Acho que vou ler um pouco. – ler? Sei. Essa é uma desculpa que ele dá para ficar no computador até ter  sono, ou seja, umas quatro da manhã.
Assim que ele saiu, Alexis sussurrou:
- Acha que ele acreditou?
- Talvez. Mesmo assim, vamos falar baixo. São sete e trinta e cinco. Podemos conversar um pouco e nove horas nós vamos para Muiraquitã.
- Beleza. – respondeu Alexis.
Conversamos sobre a escola, sobre as provas, garotos e família. Olhamos para o relógio e vimos que era nove horas em ponto. Alexis disse:
- Quando você quiser.
Fui na porta do meu quarto e vi que todos já estavam dormindo, até a Layla. Ela deve ter voltado enquanto conversávamos.
- Soren. Samantha Harrie e Alexis Cocker. Me dá a sua mão! – gritei no final.
E tudo ficou branquinho de novo.



O problema foi que tudo estava branquinho demais.
- Sam, parece que estamos no Alaska. – disse Alexis.
- Ou talvez seja inverno. – falei.
- O clima mudou em menos de duas horas? – ironizou Alexis.
- Cada canto de Muiraquitã tem um clima diferente. E vocês são?
Alexis soltou um gritinho agudo demais pro meu gosto. Na nossa frente estava um tipo de macaco falante. Ele era marrom, branco e preto, parecia um lêmure adulto com aquela cauda grande e peluda.
- Eu sou Samantha Harrie e esta é minha amiga, Alexis Cocker. Quem é você?
- Meu nome é Wadi Halfa. Sou um lêmure adulto legítimo muiraquitãniano. Minha família mora nas terras do Sul, Dakwa, onde é quente e úmido. Minha esposa se chama Kowell Halfa.
Não precisava desse discurso todo. Só perguntei quem ele era! O nome já bastava. Eu lá queria saber o nome da esposa do lêmure falante?
- Essas são as terras do Norte? – Alexis perguntou. Como ela o entendia?
- Você o entende? – sussurrei para ela.
- Por incrível que pareça, sim. – ela sussurrou de volta.
- Sim minha jovem, essas são as terras do Norte que chamamos de Torru. Vocês não são de Muiraquitã, são? – disse Wadi.
- Somos da Terra. Eu sou a irmã da princesa Sarah – de acordo com a minha cachorra. Não falei essa parte em voz alta. – e estamos procurando-a.
- Eu sei onde ela está. Também estou indo para lá. Vou pedir uma coisa a rainha.
- Qual é o nome da rainha? – perguntou Alexis.
- Ela se chama Nyala. – disse Wadi.
- Bom, então vamos. – chamei.
E partimos para procurar o castelo da realeza, a qual eu, provavelmente, faço parte.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Capítulo 3

Capítulo 3

  Jaffna

- O nome dele é Jaffna. Ele é o mal em todos os mundos. – disse Layla.
- Até na Terra?
- Sim.
Contar tudo isso pra Alexis vai ser bem complicado.
- Jaffna quer o poder de todos que o possuem. – ela fez uma pausa – Inclusive você.
Agora eu tenho poderes. Uau.
- Eu posso voar?
- Não.
- Levitar coisas?
- Não.
- Visão de raio-x?
- Você pode controlar o tempo. – acho que ela perdeu a paciência com minha lista de poderes. – Nesse e em todos os mundos.
Ela disse primeiro “controlar o tempo” e depois “todos os mundos”? Minha cachorra é cheia de surpresas.
- Espera. Quantos mundos paralelos existem?
- Muitos.
- E eu posso controlar o tempo deles?
- Pode se você souber controlar o tempo no seu mundo.
Eu não consigo nem controlar meu tempo no banho.
- Você vai me ajudar?
- Não. Seu treinador vai.
- Quem é meu treinador?
- Você irá descobrir. Antes, pegue isso. Irá te ajudar.
Ela me deu um relógio (bem moderno). É...minha cachorra me deu um relógio. Dá pra ficar mais estranho?
- O que eu tenho que fazer com isso? – perguntei colocando o relógio.
- Nada. Seu treinador lhe dirá.
QUE TREINADOR?
- Aquele tal de Jaffna, ele vai me perseguir?
- Se você deixar.
O QUE? MINHA CACHORRA É MALUCA! E eu to ficando igual a ela...
- Como assim se eu deixar? Se o cara quer pegar o meu poder, o qual eu gostei, é claro que eu não vou deixar!
- Ele tem o poder de se transformar em qualquer coisa.
- Qualquer...coisa?
- É. Bom, na verdade apenas seres vivos.
- Meu...Deus.
- Suspeite de tudo! Não fale com ninguém, principalmente se o seu relógio brilhar ou apitar.
- Hãh? – eu estava mais perdida que cego em tiroteio.
- Caso seu relógio apite, a pessoa ou animal com quem você estiver falando é outro mundo. Caso ele brilhe, essa pessoa ou animal tem o coração maligno e é de outro mundo.
- Duplo meu...Deus! – exclamei – Eu tenho que ficar com o relógio sempre, né?
- Sim.
Não sei se a Layla ia falar mais alguma coisa, mas ouvimos Alexis me chamar. Ela me perguntou:
- Você estava colocando comida para um Border Collie de 22kg ou para um elefante de duas toneladas?
- Ela come muito. – menti. Na verdade, Layla come pouco.
- Vai me contar ou vai fugir de novo?
Contei cada detalhe para Alexis. Acredite ou não, ela não correu nem gritou. Ela parecia apenas um pouco surpresa.
- Nossa! – ela disse – A sua cachorra fala, existem outros mundos e um cara malvado. Esqueceu alguma coisa?
Mostrei o relógio à ela e disse:
- Ela também me deu esse relógio.
Houve um momento de silêncio.
- Você também acha que unicórnios existem? – Alexis ironizou.
- Eu sabia que zombaria de mim. Não deveria ter te contado.
- Calma, Sam! Eu tava brincando! – ela parecia séria agora – Por que eu não consigo ouvi-la?
- Eu não sei! Ela só falou comigo pela primeira vez ontem! Talvez porque minha irmã seja de outro mundo, eu não sei!
- Você tem uma irmã? Acho que se esqueceu dessa parte.
- Desculpa. O nome dela é Sarah. Ela é a princesa de Muiraquitã. Layla, ela é princesa ou rainha?
- Princesa. – respondeu Layla. Acho que Alexis só escutou um latido.
- Alexis, você se importa se eu conversar com a Layla um pouquinho?
- Isso é estranho. Tá. – ela concordou.
- Layla, existem pessoas ou seres, sei lá, de Muiraquitã aqui em Boston?
- Nossa! E como existem! – disse Layla.
- Como eu chego lá?
- Você tem que dizer um tipo de...senha e seu nome.
- Que senha?
- A senha é Soren.
- Algum motivo especial para esse nome?
- Sim. Soren foi um animal que já fez muito pelo nosso mundo e por outros também.
- Podemos ir para Muiraquitã agora?
- Você pode e eu também. Ela eu já não tenho certeza.
- Por que?
- Ela não tem um animal que possa levá-la como você e nem uma irmã princesa. Talvez se você falar a senha e depois o nome dela funcione.
- Tá. – Alexis não parecia ter ouvido nada além de mim falando sozinha ou latidos. – Alexis, chegue mais perto.
- Eu ouvi você falando. Nós vamos para Muira?
- Quitã. – completei.
- Tanto faz. Como eu vou?
- Layla vai por conta própria e eu e você teremos que dizer uma senha e nosso nomes. Na verdade, eu que vou dizer. Você só precisa ficar do meu lado.
- Assim que Layla se foi, eu disse:
- Soren. Samantha Harrie e Alexis Cocker.
E, do nada, tudo ficou branco.

domingo, 12 de junho de 2011

Podem dizer

Oi de novo!
Postei o capítulo 2 e gostaria que vocês me falassem se virem algum erro de ortografia ou alguma coisa que precisa ser melhorada. Estou sempre aberta à sugestões = D
Bjuus

Capítulo 2

Capítulo 2

  Explicações

Odeio filosofia. Sei que já falei isso algumas vezes. Acho que fui mal na prova. Sempre fui mal nessa matéria mesmo. Não estudei direito também.
Agora vamos falar um pouco da minha escola, Hocenic.
            A Kimberly Trunscot é a popular. Em todas as escolas, ou quase todas, as populares são más e têm tudo o que querem. A Kim, é como todos a chamam, não é má, ela só é chata. Está sempre na média. Não tira notas ruins, mas não tira boas. Ela, infelizmente está em quase todas as minhas aulas, ou seja, sempre nos encontramos. Além de só falar de roupas e cabelo, (por sinal o dela é PER-FEI-TO. É preto com mechas naturais de marrom escuro.) ela odeia animais. Como eu odeio qualquer um que os odeie, eu a odeio. Não vamos dizer odeio, mas eu não gosto dela. Melhorou?
O meu cabelo não é tão perfeito quanto o dela. É castanho e ondulado com cachos nas pontas. Não tenho mechas porque gosto do meu cabelo natural. Já pensei em ter, mas minha mãe disse que elas estragam o cabelo.
Não tenho muitas amigas, mas a que eu tenho, já é suficiente.
O nome dela é Alexis. Os olhos dela são verdes e o cabelo dela é liso com um loiro escuro. Nem loiro amarelo, nem castanho marrom. Uma mistura dos dois. A propósito, o sobrenome da Alexis é Cocker. Muitas pessoas enchem o saco dela dizendo que ela é um cachorro. Ela nem liga e até gosta. Afinal ela tem um American Cocker Spaniel chamado Sky. Ele e a Layla são grandes amigos.
Jason Écouteur é amigo do meu irmão e baterista da banda deles. Ele é um pouco sério, mas às vezes eu consigo fazê-lo rir. Os olhos dele são bem pretos e o cabelo também. Ele faz algumas aulas com Rick, outras não.
O outro, que é só meu colega e tecladista da banda, é o Andrew. Ele é bem legal e gosta muito da Layla.Um dos motivos de eu gostar dele.
Estamos tendo aula de História. Todos dizem que história é chato e que deveríamos aprender sobre o futuro e não o passado. Eu gosto, um pouco, de aprender sobre o passado dos EUA. Apesar de já saber de tudo porque o povo nunca se cansa desse assunto específico.
- Ei, Sam! – Alexis estava me cutucando pois estava atrás de mim – Mike me disse que a Layla tinha fugido. Você a encontrou, né?
- Ainda bem que sim. – falei.
- O próximo horário é Geografia?
- É. Ah, não! Eu não vou te emprestar o dever, Alexis!
- Por favor! – implorou ela.
Não aguento ver alguém com aquela cara de cachorrinho.
- Pega logo. – e dei meu caderno de geografia a ela.
- Valeu!



Depois que acabou o horário de História e depois o de Geografia, eu, Alexis, Mike, Jason, Andrew e Rick fomos para minha casa. Os meninos foram ensaiar uma música e eu fui no meu quarto com Alexis. Ela perguntou:
- Sam...você não falou nada da escola até aqui. Você está bem?
- Mais ou menos. – falei enquanto acariciava a Layla.
- Olha, eu sou sua melhor amiga. Por favor, me conte o que está acontecendo.
-  Você iria rir da minha cara ou falar que eu estou maluca ou até sair contando pra tudo e pra todos.
- Do que você está falando?
Por mais que eu não quisesse, ela era minha amiga e eu confiava nela. Então...
- Só me espera aqui. Eu vou colocar comida pra Layla e já volto. Layla!
- Ok. – Alexis assentiu com a cabeça.
Eu tinha que saber tudo para poder contar esse tudo para a Alexis. Chamei a Layla até a cozinha, onde eu dava comida a ela e pedi para ela me contar.
- Você tem uma irmã. – ela começou. Uau. Eu tenho uma irmã. E eu que achava o Rick machão... - O nome dela é Sarah. - pelo menos Rick ainda era o mesmo. Eu não queria interrompê-la. – Ela é de outro mundo, assim como eu.
Tudo bem, agora eu interrompo.
- Vocês são aliens?
- Claro que não! Somos de um mundo paralelo chamado Muiraquitã.
- E isso significa alguma coisa?
- Sim. É um amuleto que todos os habitantes utilizam para sobreviver.
- Sem ele vocês...morrem?
- Às vezes. Em casos raros.
- Então, onde está o seu?
- Na minha pata. – ela me mostrou a pata dianteira esquerda – Eles nos protegem do mal.
- Que mal?
- Sua espécie.
- O QUE? Como assim? Os humanos são perigosos para vocês?
- Muito. Eles, ou melhor, vocês, são os únicos que conseguem tirar nossos amuletos que, geralmente, os chamamos de Mui. Sem eles nos transformamos em animais normais e nos esquecemos do nosso mundo. Além de, provavelmente, morrermos uma semana após a retirada de nossos Muis.
Eu estava parecendo a filha do Dr. Do little.
- Quer dizer que eu posso arrancar o seu Mai e...
- Mui – Layla me corrigiu.
- Que seja. Eu posso arrancá-lo e aí você morre?
- Provavelmente em uma semana.
- Uau! Isso é beeem bizarro. – exclamei. – Você disse que eu tenho uma irmã. Ela sabe que eu existo?
- Claro. Ela já tentou se comunicar com você várias vezes.
- Você é uma “muiraquitãniana”?
- Acho que...sou.
- Desde que nasceu?
- Sim. Há três anos.
- Sua mãe e seu pai também falam?
- Sim. Eu não nasci nesse mundo. – isso está ficando cada vez mais estranho – Eu nasci em Muiraquitã. Sua irmã me mandou pra cá assim que eu nasci. Aquela família de Border Collies que eu estava quando você me adotou não era a minha. Depois que eu fiz oito meses e já tinha, digamos, consciência de tudo e já pensava, Sarah começou a me treinar para que eu te protegesse.
- Mas...você disse que os humanos são o mal. Ela queria que você me protegesse dos outros humanos?
- De um em especial.
- Quem?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Oi!

Oi gente! Como viram, postei o primeiro caítulo do meu livro. Eu já terminei de escrevê-lo, mas fica melhor postando aos poucos para rolar um suspense = D
Não sei pra quem estou dizendo isso se só tenho dois seguidores...enfim, digam despois se gostaram! Ainda tem o resto, então...até depois.
Bjuus

Capítulo 1

Capítulo 1

  O Começo

Sempre sonhei estar em uma aventura. Tenho treze anos e nunca vivi algo digno de uma história. A propósito, meu nome é Samantha (sempre que escrevem, põem sem o H. Fico com muita raiva. Já escreveram meu nome de tantos jeitos que não caberiam todos nesta folha).
Minha família é estranha. Quer dizer, não é sempre que sua mãe tenta cantar e a única coisa que sai da boca dela é o barulho de um peixe boi morrendo. O nome dela é Lauren. Meu pai arranjou um emprego na semana passada como motorista de barcos. Ele sempre adorou o mar, enquanto minha mãe já vomita ao ouvir a palavra “onda”.
Meu irmão é um ano mais velho que eu. Além de ser um ótimo irmão me ajudando quando tenho problemas, ele e mais três amigos acabaram de montar uma banda chamada “Meplusyou”. É um nome até legal devo admitir.
Um dos integrantes da banda é o meu melhor amigo, Mike. Ele é um amigão do meu irmão também. Mike é do tipo que faria tudo para proteger os amigos. Ele é também é um bom nadador e sonha viajar o mundo, assim como eu, aprender sobre várias culturas.
Tenho uma cachorra chamada Layla. Ela é da raça Border Collie. Ela é minha melhor amiga e é preta com algumas manchas brancas e sua cara tem uma faixa branca que a divide em duas.
Moro em uma casa enorme de dois andares. Ela é bem moderna e o quintal e o jardim são enormes. Meu pai, cujo nome é Robert, sempre diz que vai botar uma piscina no quintal, mas isso nunca aconteceu.
Os outros detalhes sobre a minha vida escreverei ao longo do tempo. Até lá, o básico sobre minha vida é isso.
Ah! Esqueci de dizer que estou na sétima série e minha escola se chama Hocenic. Não pergunte o motivo.



Amanhã eu tenho prova de filosofia na escola. Da pra acreditar? FILOSOFIA! Não quero ser filósofa e aposto que ninguém da minha sala quer. Filosofia não serve pra nada. Bom, pelo menos é o que eu acho.
Odeio quando minha mãe começa a cantar. Isso mesmo. Ela começou agora.
Meu irmão, Rick, acabou de falar pra ela calar a boca e eles estão brigando.
- Odeio quando ela canta – disse Rick.
- Você não é o único – comentei.
Rick é o tipo de irmão que você gostaria de ter. Mas ele é só MEU irmão. Literalmente, porque eu não tenho outro.
- Rick, - minha mãe cantora aparece do nada na minha porta – não gostei da sua atitude. Peça desculpa ou vai...vai...ficar sem o computador!
Minha mãe não é muito boa em ameaças.
            - Desculpa. Será que agora eu posso ajudar a Sam com o dever de casa?
            - Pode claro. Já estou indo. Vou no supermercado. Vocês querem alguma coisa? – perguntou minha mãe.
            - Eu quero aquele biscoito que você comprou ontem. Estava muito bom. – falei.
            - Já acabou? – ela perguntou.
            - Já.Aproveita e compra mais um saco de ração pra Layla.
            - Tudo bem. E você Rick? Não quer nada?
            - Não, obrigado mãe. Tchau!
            - Tchau, queridos! Juízo, hein? – disse minha mãe.
            Não sei o que ela quis dizer com “Juízo, hein?”. Rick não me deixa nem passear com a
Layla sozinha.
            - Cadê o papai? – perguntei.
            - Trabalhando – disse Rick.
            - Mas ela não ia chegar mais cedo?
- Também achei. Ela deve estar chegando. Relaxa.
- Tá, mas...cadê a Layla?
- Essa eu não sei. Você realmente precisa de ajuda pro dever?
- Não. Preciso de ajuda para achar a Layla.
A campainha tocou assim que eu terminei de falar.
- Será que é o Mike? – perguntei.
- Provavelmente.
- Você atende e eu vou no quintal procurar a Layla.
- Tá. Cuidado.
- Tá brincando, né? Eu vou no nosso quintal!
- Mesmo assim. Cuidado.
Enquanto eu ouvia Rick falar com Mike, fui no quintal procurar a Layla.



- Layla! Layla! Layla aparece! Cadê você garota? – gritei o mais alto que pude, mas nada.
Ela não estava em lugar nenhum.
- Rick! – gritei indo em direção à sala – Não achei a Layla. Oi, Mike! Por favor, me ajudem!
- Quando foi a última vez que você a viu? – perguntou Rick enquanto Mike me dizia oi.
            - Ela...ela – eu estava quase chorando só de pensar que ela podia ter fugido.
            - Calma, Sam! Ela não pode ter ido longe. Vai com o Mike procurar no final da rua e eu vou perguntar para os vizinhos.
            - Não vai dizer “Cuidado, Sam” ou “Mike, toma conta dela”? – perguntei.
            - Eu ia, mas não vou mais. – disse Rick.
            Depois eu ouvi Rick dizer bem baixinho no ouvido do Mike:
            - Por favor, faz de tudo pra encontrar aquela cachorra. Se ela sumir, minha irmã some também.
            - Vou fazer de tudo, cara – respondeu Mike.
            - Dá pras mocinhas pararem de cochichar e começarem a procurar a Layla? – perguntei, ou melhor, gritei.
            - Estamos indo! – gritou Rick de volta. – Mike, toma conta da minha maninha.
            - Ninguém merece. – falei baixinho.
            - Pode deixar. – respondeu Mike rindo.



            Nunca consegui imaginar minha vida sem a Layla.Minha vida sem a Layla...SERIA HORRÍVEL! Eu nunca teria pego um filhotinho de pedigree na mão!
            - Você está tão triste assim? – perguntou Mike.
            - Claro. Na verdade, eu tava pensando como seria minha vida sem ela – falei.
            - Nós vamos encontrá-la. Eu prometo. – disse Mike.
            Senti uma pontada no coração, mas acabou em segundos.
            - ACHEI A LAYLA!!! – gritei que nem aqueles macacos gritadores. É sério, eu estava desesperada.
            Acho que nunca corri tão rápido na minha vida. Não sei como a Layla não se assustou.
            - Layla!Ah, garota!Como você fugiu? Por que você fugiu? Nunca mais faça isso!
            - Acho que ela está bem? Você está? – ironizou Mike – Vou ligar para o Rick.
            Estava tão aliviada de encontrá-la que nem dei atenção ao Mike. Consegui colocar a coleira nela e a abracei tão forte que...
            - Não aperte tanto!
            - Mike, eu simplismente estou feliz de achá-la. – falei.
            Percebi que ele estava falando ao telefone e não podia ter falado comigo. Foi aí que sussurrei para a Layla:
            - Por favor, não me diga que foi você que falou. Ou melhor...não diga nada...quer dizer, você é um cachorro...você não pode ter falado.Cachorros não falam. Você falou? Ai, droga to maluca. To conversando com minha cachorra.
            - Humanos...sempre dizem a mesma coisa. “Oh meu Deus!”; “Você falou? AAAAAAAAAAH!”; “Você sabe falar?” e “Mas você é um cão!”. Não sabem nem ser originais.
            Eu estava dizendo para mim mesma “Não grite, não corra e não se belisque porque você não está sonhando”. Minha vontade era de correr, gritar e me beliscar, tudo ao mesmo tempo.
            - Layla...por que você só falou comigo pela primeira vez hoje? Por que só agora? E por que eu ainda estou falando com você?– sussurrei para Layla. Não queria que Mike me ouvisse. Nos filmes, os outros nunca acreditam no protagonista. Por isso não vou arriscar.
            - Há quanto tempo você fez treze anos? – Layla perguntou. (acredite, é muito estranho escrever que seu cachorro faz perguntas.)
- Faz seis meses hoje, mas e daí?
Nesse momento, após a longa conversa do Mike com o Rick, (uma conversa relativamente longa para dois meninos) ele virou-se para mim e perguntou:
- Você falou comigo?
- Não – respondi rápido.
- Ah. Rick falou para nos encontrarmos em casa.
- Pode ir.
- Nos encontrarmos. Eu e você.
- E a Layla.
- É, que seja. Nós três, então.
- Olha, eu quero ficar um tempo sozinha com ela. Será que posso?
- Se eu voltar sem você, Rick me mata. Por favor, vamos. Depois vocês duas ficam sozinhas. Terão todo o tempo do mundo, eu prometo.
- Promete?
- Eu prometi que encontraríamos a Layla, não prometi? E aqui está ela.
- Tudo bem.Vem Layla. Obrigada.
- De nada.
Mike é um grande amigo.Sério. Adoro ele. Mas só como amigo. Melhor amigo.
Ah não! Amanhã eu tenho prova de filosofia! Assim que chegar em casa vou ter que meter a cara nos livros da minha matéria “favorita”.